sexta-feira, 11 de março de 2011

A inocência da Imbecilidade


[ATUALIZADO 16.03.2011]
A inocência da Imbecilidade

Vejamos como a história se repete, ontem fui a uma reunião na Academia de Letras de Barra do Corda sobre Questões Fundiárias e FUNAI, pensando que haveria um debate claro, conciso e cheio de progresso para as questões que estão acontecendo em nosso município, mais não consegui ouvir nada com nada de grande parte da mesa que compunha a reunião.
Vi imbecis gritando dentro da academia sobre Família Sarney, ouvi secretários adjuntos incitando a violência, secretários de agricultura falando em Guerra Civil, vi a paciência e a ignorância de vereadoras de Barra do Corda sem saberem de que assuntos estavam falando, vi todos chamando Remanescentes de Terra de Pretos de Remanescentes de Quilombola, meu Deus! e vi pessoas quase chorando por ajuda.
Mais o que chamou-me atenção mesmo foi o advogado do CNA, que não me recordo o nome tentando explicar o inexplicável a um povo desesperado e a uma mesa altamente desinformada e cheia de se, sendo que os mesmos não sabem a definição da palavra Política, e confundem a mesma com Politicagem, pena para o secretário Adjunto de Agricultura do Maranhão, as imagens de ontem serão lembradas por mim e vários outros como o DIA DA IMBECILIDADE.
E os pequenos produtores rurais? E os “índios” que só foram lembrados como silvícolas, incivilizados, kanelas genéricos e vários outros temas que fico envergonhado de lembrar.
Um dos participantes do “dito debate” falou em problemas sociais para os brancos! E os problemas sociais dos indígenas? Foram lembrados? Não vou entrar em detalhes maiores sobre as questões imbecis citadas nessa reunião porque tenho respeito as pessoas que ali estavam, e sobre alguns organizadores, aos senhores e senhoras que ali estavam, mais volto a lançar a pergunta: como os Apanjekrá podem afirmar que querem a correção de suas terras se estão sobre pressão física e psicológica sofrida por eles constantemente?
Só uma coisa que queria responder a um senhor representante de Jenipapo dos Vieiras:O que os índios irão fazer com tanta terra?”, respondo a ele: VIVER DESCENTEMENTE, COISA QUE OS BRANCOS NÃO DEIXAM ELES FAZEREM, PRINCIPALMENTE NA SUA REGIÃO MEU SENHOR QUE NÃO SEI O NOME!”.
PENA PARA:
FRANCISCO SANTANA
VEREADORA NILDA BARBALHO
VEREADORA FÁTIMA ARRUDA
UMBERTO FIGUEIREDO
INCRA
AGED
E OUTROS que não tinham muito nem o que falar e nem saber.
Ps: Será que a FUNAI, PELO MENOS FICOU SABENDO QUE HAVERIA ESSA REUNIÃO?
SERÁ QUE FOI CONVIDADA? 
QUE COISA!
Vejamos agora algumas noticias divulgadas na imprensa maranhense sore tal questão e considerar alguns questionamentos:





AMPLIAÇÃO DA RESERVA CANELAS É DISCUTIDA NA BARRA
(terça 15) Para discutir a ampliação da reserva indígena Canelas, que somente a área do Porquinhos, passará de 79.520 hectares para 301 mil hectares, foi feita no auditório da Academia Barra-Cordense de Letras reunião com representantes do governo maranhense, vereadores da região, agricultores e membros de confederações de agricultura. O secretário adjunto de Agricultura, Pecuária e Pesca, Raimundo Coelho de Sousa, que estava presente na reunião, afirmou que tentará intervenção governamental na questão. “Solicitamos aos produtores e secretarias municipais de agricultura que oficializem o pedido ao governo do Estado para que estas terras não sejam ampliadas. Esse pedido também será encaminhado ao ministro da Justiça, durante sua visita ao Maranhão, prevista para acontecer ainda este mês”, informou ele.
Leia matéria do Jornal Pequeno (http://www.turmadabarra.com/).

Discutida a ampliação da reserva indígena na região de Barra do Corda


15 de março de 2011 às 17:49
O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Pesca (Sagrima), participa do debate sobre a questão fundiária em terras de índio na região de Barra do Corda. Além de Amarante, agricultores familiares de Fernando Falcão podem ser afetados com a ampliação de reserva indígena no Maranhão. Em Fernando Falcão, a Fundação Nacional do Índio (Funai) pretende ampliar a reserva dos Canelas, atingindo milhares de produtores que estão apreensivos com a possibilidade de deixar suas terras.
A questão fundiária foi tratada na semana passada em reunião realizada na cidade de Barra do Corda, onde estiveram presentes o secretário adjunto de Agricultura, Pecuária e Pesca, Raimundo Coelho de Sousa, que também é vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Maranhão (Faema), agricultores familiares, secretários municipais de Agricultura, vereadores dos municípios da região e também o assessor técnico da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e coordenador da Comissão Nacional de Assuntos Fundiários e Indígenas, o advogado Rudy Maia Ferraz, que veio de Brasília para dar orientações e esclarecimentos aos agricultores familiares.
O encontro foi promovido pelo Sindicato dos Produtores Rurais de Barra do Corda e pelas secretarias municipais de Agricultura de Barra do Corda e Fernando Falcão. Na reunião, realizada na Academia Barracordense de Letras, autoridades e produtores demonstraram grande preocupação com a sobrevivência das famílias longe de suas terras.
“99% das famílias atingidas vivem da roça e a sede do nosso município não tem como suportar estas pessoas”, declarou o secretário municipal de Agricultura de Fernando Falcão, João Carlos Almeida Santiago, que compartilha da mesma opinião do secretário de Agricultura de Barra do Corda, João Pedro Filho. “A convivência entre índios e não índios é pacífica, mas os índios estão começando a ficar com medo de represálias”, acrescentou João Carlos.
Reservas
Aproximadamente 90% das duas reservas dos índios Canelas estão situadas no município de Fernando Falcão e os outros 10% nas cidades de Formosa da Serra Negra e Grajaú. Na área, existem duas reservas já demarcadas pela Funai: a dos Porquinhos - dos Canela-Apãnjekra, com área de 79.520 e população de 569 índios -; e a Canela-Ramkokamekra, com área de 125.212, onde vivem 1.268 indígenas.
No caso da Aldeia dos Porquinhos, a Funai, que iniciou o processo com estudos antropológicos para a re-demarcação da área por volta do ano de 2003, pretende ampliar em mais 221 mil hectares. Com a nova demarcação, a área total da reserva será de 301 mil hectares. A outra reserva ainda está sendo estudada pelos antropólogos contratados pela Funai.
Em Fernando Falcão, o lavrador José Francisco Gomes Barbosa, 49 anos, que mora no povoado Buriti Velho, disse que todos estão apreensivos com esta questão fundiária. “A gente chora por dentro. De que nós vamos viver e como vamos viver? É lá que nós plantamos o arroz, milho, mandioca, o feijão e a fava”, disse ele.
Outras necessidades
Segundo os agricultores, os próprios índios da região afirmam que não precisam de mais terra. Como prova disso, os advogados Heli Dourado e Wilson Azevedo, incluíram na petição solicitando a suspensão do processo de re-demarcação, datada de 15 de outubro de 2007, uma cópia de declaração assinada por líderes da Aldeia dos Porquinhos, feita no dia 5 de outubro de 2007, na qual o cacique Osmar Caukré Canela, o vice cacique Neuton Ribeiro Jarito e demais lideranças, entre eles, Manoel Luis Ribeiro Mampo, afirmam isso.
No documento, eles atestam “que estão satisfeitos com a área já demarcada pela Funai e que nela existem caças, peixes e todas espécies de bichos comuns na região, existindo também muitas matas virgens e imensas áreas para se fazer roças. A Aldeia não tem necessidade de ampliar suas terras. Precisamos de médico, remédios, escola boa e estradas em nossas terras, para melhorar a vida de todos na nossa Aldeia”. Atualmente, o processo da Funai solicitando a ampliação da reserva indígena dos Canelas está no Supremo Tribunal de Justiça.
O secretário Raimundo Coelho de Sousa afirmou que tentará intervenção governamental na questão. “Solicitamos aos produtores e secretarias municipais de agricultura que oficializem o pedido ao Governo do Estado para que estas terras não sejam ampliadas. Esse pedido também será encaminhado ao ministro da Justiça, durante sua visita ao Maranhão, prevista para acontecer ainda este mês”, informou ele.
No encontro com o ministro, deverá ser tratada também a questão fundiária do município de Amarante. Lá, atualmente, a reserva dos índios Gaviões ocupa uma área de 54% (42.054 hectares) dos 7,6 mil quilômetros quadrados do município. A ampliação atinge uma área de 200.000 hectares, que ocupará 74% de Amarante, atingindo cerca de duas mil propriedades rurais, onde vivem 20 mil famílias.

Apenas um questionamento sobre essa última matéria:
Como foi recolhido esse depoimentos, dos Apanjekrá desistindo da CORREÇÃO de sua TI? quem recolheu esses depoimentos? em quais circunstâncias? e com a permissão de quem?
Vejamos agora, como esse processo foi constituido e por que somente agora se tem manifestações?

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