quinta-feira, 3 de maio de 2012

Pós 19 de Abril...todo dia é dia de índio

Índio é retirado do STF após chamar ministros de 'urubus'


A sessão do Supremo Tribunal Federal (STF) foi suspensa por cerca de 5 minutos nesta quinta-feira depois de um protesto de dois índios, que pediam a inclusão da etnia no sistema de cotas em julgamento. Ainda dentro do Plenário, o índio identificado como Araju Sepeti chamou os ministros do STF de "racistas" e "urubus".
Durante o voto do ministro Luiz Fux, o presidente da Corte, Carlos Ayres Britto, tentou pedir calma aos manifestantes, mas Sepeti, na companhia de Carlos Pankararu, acabou sendo imobilizado e retirado à força por um grupo de seguranças do Tribunal. "Igualdade é negro, é cigano, é índio, são todos. Defendemos a cota para indígenas", disse Pankakaru.
Os ministros da Corte julgavam desde às 14h30 a ação do Democratas contra o sistema de cotas raciais da Universidade de Brasília (UnB). O sistema da UnB prevê a destinação de 20% das vagas do vestibular a candidatos autodeclarados negros ou pardos. A comissão que implementou as cotas para negros também foi responsável pelo convênio entre a UnB e a Fundação Nacional do Índio (Funai), firmado em 12 de março de 2004, para facilitar o acesso de índios ao ensino superior.
A sessão do STF havia sido interrompida ontem, após o ministro Ricardo Lewandowski, relator da ação do Democratas, ter rejeitado o pedido do partido político e reconhecido a constitucionalidade do ingresso. O julgamento é o primeiro da gestão do novo presidente do STF, Carlos Ayres Britto. O único ministro que não votará nesta quinta-feira é Dias Toffoli, por ter atuado como advogado-geral da União à época da instituição do sistema de cotas do Prouni.
STF julga ações sobre cotas e Prouni
Além das cotas raciais na UnB, o STF vai analisar duas ações que contestam a constitucionalidade da reserva de vagas por meio de cotas sociais e o perfil do estudante apto a receber bolsas do Prouni. A outra ação sobre cotas que aguarda julgamento foi ajuizada pelo estudante Giovane Pasqualito Fialho, reprovado no vestibular da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) para o curso de administração, embora tivesse alcançado pontuação superior à de outros candidatos. Os concorrentes que tiveram nota menor foram admitidos pelo sistema de reserva de vagas para alunos egressos das escolas públicas e negros.
Em relação ao Prouni, implementado a partir de 2005 com a concessão de bolsas de estudo em universidades privadas, a Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino (Confenem) alega que a medida provisória que originou o programa não atende ao princípio constitucional da isonomia entre os cidadãos brasileiros.
Com informações da Agência Brasil

A noticia a cima, nos remete a pensamentos dispares, confusos e cheios de interrogações, sobre a ausencia de paciência do indígena, as formalidades do STF, e mesmo a lei. Após o dia do índio, observamos um Brasil que tem deixado mais seus "holofotes" nos povos indígenas, mesmo assim, cria espectativas as vezes majoradas em critérios que estão fora da realidade dos próprios indígenas.
Sinceramente, não sei nem o que comentar sobre esse acontecimento.

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