terça-feira, 12 de outubro de 2010

O Hippie Burguês entre os Povos Indígenas


Alguns orgãos e instituições oficias que trabalham com os povos indigenas são grandemente criticadas por serem ditas e tidas como conservadoras e museologistas, “querem deixar os índios do jeito que estão”, é um dos slogan ditos pelo senso comum. São acusadas de um conservantismo que brotou de antropólogos, esses por sua vez são acusados de mentores intelectuais de ações contra individuos que adentram nas aldeias e terras indígenas no intuito e desculpa de conhecerem e “ajudarem” tais comunidade.
Suas roupas, conportamento e modo de falar são faceis de identificar até mesmo para uma criança de pouco mais de seis anos de idade. Sempre estão dizendo que são parte da natureza e que querem conhecer seus irmãos indigenas, essa é a primeira desculpa que esses individuos dão para mostrarem o interesse em adentrar em uma terra indigena.
Justificam também suas ações através de trabalhos de reciclagem e manejo ambiental, relatando que “estamos ensinando e aprendendo ao mesmo tempo com nossos irmãos indígenas”, “os índios sentem a natureza e nós também, sentimos os espiritos da floresta” , esses são mais alguns jargões aplicados por essas pessoas.
Mas o que queremos discutir e expor aqui é a falta de respeito desses individuos quando entram (algumas vezes sem permissão) em uma TI e passam a morar com essas comunidades, sem comunicação previa com FUNAI, ou mesmo embaixada de seus países, apenas chegam e se instalam.
Além desse problema, podemos citar a imensa ausencia e desconsideração que essas pessoas tem com os costumes, cultura e rito desses povos, acham tudo um show, imitam os rituais e usam as ervas dos indígenas justificando que querem se tornar um deles.
Logo, varios profissionais como Antropologos, Sociologos, Assistentes sociais e outros usam como mecanismo de pesquisa de campo o convivio diário com essas comunidades e povos, visando principalmente entender e teorizar ações, comportamentos e outros, não usam artificios de convivência para se aprooveitar dos indígenas das mais diferentes formas, seja através do tráfico biologico de ervas e plantas, seja através de prostituição, tráfico de imagens ou mesmo como esconderijo de autoridades, ou até explorando os indigenas roubando idéias tradicionais de artificios e amuletos culturais.
O pior dos hippie burgeses são aqueles que querem salvar o mundo, mesmo que seja de se mesmo, e justificam suas posturas de forma etnocentricas, egocentricas, narcisistas e vil afirmando que “cara os índios estão na miseria, temos que salvar eles!!”, o Hippie Burges metido a superman não passam de um individuo mimado e que tive tudo do papai, quer ser criança mimada, pensa estar brincando de casinha e os indigenas como seus atores coadjuvantes.
O ideal da figura indigena para esses individuos ainda (infelizmente) está centrada na figura do “esse não tem cara de índio, nem anda nu!”, adimiramos as figuras institucionais em forma de orgãos dos diferentes governos, como também instituições não governamentais que têm a responsabilidade de guardar tais populações desses individuos que por ausência de preparo, e conhecimento e de um sentido mais aguçado de relativização não conseguem interagir com as populações indigenas sem terem na cabeça a certeza que são melhores do que tudo e todas, um principío que já causou muita desgraça a Humanidade.
Dessa forma, agradeço em nome das pessoas serias, instituições de respeito que ajudam realmente as populações indigenas e principalmente dos povos indigenas que FUNAI e emais orgãos continuem a manter-se com tais mecanismos de seriedade e que os indigenas que ainda não conseguem reconhecer tais infames lobos em pele de cordeiro que com o tempo consigam fazer tal peneira e possam viver tranquilos.
Não queremos aqui fazer ou manifestar preconceitos ou prenoções a respeito dos diferentes modos de se viver a vida, queremos apenas manifestar nossa alegria em saber que existe autoridades e lideranças que notam e agem contra individuos que não sabem relativizar as diferentes formas de cultura entre os diferentes povos.

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